Ninguém é igual a ninguém.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Quando a Igreja não cumpre o seu papel...
Todos nós crescemos na pressão do mundo. Desde criança nos são impostas várias obrigações.
"Você precisa tirar notas boas", "Você precisa ser o melhor da turma", "Você precisa se destacar em alguma coisa", entre outras tantas imposições.
Quando você cresce, as coisas não mudam, só pioram. As cobranças do mundo capistalista são ainda maiores.
Se você não passa nos melhores vestibulares, dos cursos de maior status, se você não tem um carro, se você não usa roupas caras, se você não tem como objetivo o topo do topo, meu querido, você está completamente fora.
Ou você se submete, ou você surta, como foi o meu caso.
Mas o mais grave é que, a Igreja, não têm cumprido seu papel de ser contracultura e pregar o oposto de tudo isso.
Estamos vivendo em um tempo em que os templos viraram um circo.
Com um discurso de que os cristão precisam alcançar os melhores lugares, porque isso lhes é de direito, a Igreja impõe a mesma pressão capitalista do mundo secular.
A prosperidade virou o jargão. "Ohh, me abençoe porque eu mereço, Deus! Eu tenho que acumular bens."
Os programas de Tv...ahhh, os programas de tv.
Vendem de tudo, de água "abençoada" a "martelo da justiça" e não se espante de aparecer por aí uma cabeça de João Batista por módicos mil reais.
Indugência, a famosa indugência tão criticada está aí de novo.
"Você precisa ter status", "Você precisa passar num vestibular de medicina", "Você precisa ter o carro do ano".
E os perdidos? E os que estão passando fome? E as prostitutas que estão morando na rua? E os zumbis fabricados pelo crack? E as crianças que sofrem abuso sexual e moral todos os dias? E os doentes? E...?
"Ah, os perdidos estão perdidos porque querem. Isso não é problema meu. O importante é que eu pego meu bom carro todo dia e vou pra igreja.
Tem gente com fome? Ah, final do ano nós fazemos uma cestas básicas, chamamos a tv, colocamos nossas fotos num site e nos promovemos com isso. Afinal, nós somos muito bons e santos, e as pessoas só sentem fome uma vez no ano mesmo."
"Prostitutas? Estão nessa porque são sem vergonha mesmo. E se estão morando na rua é porque merecem, porque são muito pecadoras."
"Viciados em crack? Ah, isso é culpa dos demônios. Nós não temos nada a ver com a exclusão social e com a marginalização dessas pessoas. Eles que fiquem mais espertos e não dêem brechas pra entrar nisso."
"Crianças sofrendo abuso? Minhas crianças vão muito bem, obrigado!"
E o evangelho, o que Cristo ensinou tem sido deixado de lado em detrimento de uma Igreja omissa e que tem olhado única e exclusivamente para seu próprio umbigo.
A noiva está distraída. O Noivo têm servido apenas como recurso de "benção" e "prosperidade financeira".
E a mensagem da cruz? Ah, isso pode ser deixado pra um segundo plano, né?
Afinal, as pessoas precisam se "converter" interessadas somente no que Deus pode te dar, e não pelo que Ele JÁ te deu, sem cobrar nada.
Jesus pagou um preço alto na cruz. Ele deu a vida por nós e nós não precisamos pagar pedágio por isso.
O que Ele quer é nosso coração rendido a Ele.
Não importa se você tem dinheiro ou não. Não importa se você anda de chinelinho de dedo. Não importa se você mora num barraco.
A Graça nos basta!
E antes que alguém venha dizer que eu defendo a miséria, não, eu não defendo miséria.
Eu defendo condições iguais para todos.
Porque é muito fácil dizer que "Deus tem me abençoado" às custas do dinheiro e da simplicidade dos outros.
É muito fácil usar o dinheiro de dízimos e ofertas, não pagar impostos e comprar bens e colocar em nome de pessoa física.
E a política? Huuummm!
"Votem em mim porque eu sou um homem de Deus. Eu sou o máximo e posso resolver tudo, tudinho."
E daí se aliar a uma corja de gente corrupta e que está envolvida a lavagem de dinheiro? E daí?
Que o conformismo não nos cegue. Que não nos calemos diante de tanta injustiça, corrupção e falso moralismo.
Que o amor, o verdadeiro amor, aquele que lança fora todo medo, nos dê coragem sempre para falar o que precisa ser falado e não ser taxados como rebelde.
Que Deus tenha misericórdia destes e de nós.
Que não nos esqueçamos nunca do que realmente Jesus nos ensinou.
Ele era humilde. Ele poderia ser e ter tudo, mas escolheu a humildade. Escolheu andar com os pobres, escolheu estender a mão aos perdidos.
Ele é o Princípio e o Fim.
Não se enganem. Não se deixem enganar.
Com amor e esperança de dias melhores,
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve."
( Mateus 11:28-30)
"Você precisa tirar notas boas", "Você precisa ser o melhor da turma", "Você precisa se destacar em alguma coisa", entre outras tantas imposições.
Quando você cresce, as coisas não mudam, só pioram. As cobranças do mundo capistalista são ainda maiores.
Se você não passa nos melhores vestibulares, dos cursos de maior status, se você não tem um carro, se você não usa roupas caras, se você não tem como objetivo o topo do topo, meu querido, você está completamente fora.
Ou você se submete, ou você surta, como foi o meu caso.
Mas o mais grave é que, a Igreja, não têm cumprido seu papel de ser contracultura e pregar o oposto de tudo isso.
Estamos vivendo em um tempo em que os templos viraram um circo.
Com um discurso de que os cristão precisam alcançar os melhores lugares, porque isso lhes é de direito, a Igreja impõe a mesma pressão capitalista do mundo secular.
A prosperidade virou o jargão. "Ohh, me abençoe porque eu mereço, Deus! Eu tenho que acumular bens."
Os programas de Tv...ahhh, os programas de tv.
Vendem de tudo, de água "abençoada" a "martelo da justiça" e não se espante de aparecer por aí uma cabeça de João Batista por módicos mil reais.
Indugência, a famosa indugência tão criticada está aí de novo.
"Você precisa ter status", "Você precisa passar num vestibular de medicina", "Você precisa ter o carro do ano".
E os perdidos? E os que estão passando fome? E as prostitutas que estão morando na rua? E os zumbis fabricados pelo crack? E as crianças que sofrem abuso sexual e moral todos os dias? E os doentes? E...?
"Ah, os perdidos estão perdidos porque querem. Isso não é problema meu. O importante é que eu pego meu bom carro todo dia e vou pra igreja.
Tem gente com fome? Ah, final do ano nós fazemos uma cestas básicas, chamamos a tv, colocamos nossas fotos num site e nos promovemos com isso. Afinal, nós somos muito bons e santos, e as pessoas só sentem fome uma vez no ano mesmo."
"Prostitutas? Estão nessa porque são sem vergonha mesmo. E se estão morando na rua é porque merecem, porque são muito pecadoras."
"Viciados em crack? Ah, isso é culpa dos demônios. Nós não temos nada a ver com a exclusão social e com a marginalização dessas pessoas. Eles que fiquem mais espertos e não dêem brechas pra entrar nisso."
"Crianças sofrendo abuso? Minhas crianças vão muito bem, obrigado!"
E o evangelho, o que Cristo ensinou tem sido deixado de lado em detrimento de uma Igreja omissa e que tem olhado única e exclusivamente para seu próprio umbigo.
A noiva está distraída. O Noivo têm servido apenas como recurso de "benção" e "prosperidade financeira".
E a mensagem da cruz? Ah, isso pode ser deixado pra um segundo plano, né?
Afinal, as pessoas precisam se "converter" interessadas somente no que Deus pode te dar, e não pelo que Ele JÁ te deu, sem cobrar nada.
Jesus pagou um preço alto na cruz. Ele deu a vida por nós e nós não precisamos pagar pedágio por isso.
O que Ele quer é nosso coração rendido a Ele.
Não importa se você tem dinheiro ou não. Não importa se você anda de chinelinho de dedo. Não importa se você mora num barraco.
A Graça nos basta!
E antes que alguém venha dizer que eu defendo a miséria, não, eu não defendo miséria.
Eu defendo condições iguais para todos.
Porque é muito fácil dizer que "Deus tem me abençoado" às custas do dinheiro e da simplicidade dos outros.
É muito fácil usar o dinheiro de dízimos e ofertas, não pagar impostos e comprar bens e colocar em nome de pessoa física.
E a política? Huuummm!
"Votem em mim porque eu sou um homem de Deus. Eu sou o máximo e posso resolver tudo, tudinho."
E daí se aliar a uma corja de gente corrupta e que está envolvida a lavagem de dinheiro? E daí?
Que o conformismo não nos cegue. Que não nos calemos diante de tanta injustiça, corrupção e falso moralismo.
Que o amor, o verdadeiro amor, aquele que lança fora todo medo, nos dê coragem sempre para falar o que precisa ser falado e não ser taxados como rebelde.
Que Deus tenha misericórdia destes e de nós.
Que não nos esqueçamos nunca do que realmente Jesus nos ensinou.
Ele era humilde. Ele poderia ser e ter tudo, mas escolheu a humildade. Escolheu andar com os pobres, escolheu estender a mão aos perdidos.
Ele é o Princípio e o Fim.
Não se enganem. Não se deixem enganar.
Com amor e esperança de dias melhores,
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve."
( Mateus 11:28-30)
quarta-feira, 14 de março de 2012
O dia em que meu mundo amanheceu do avesso...
Acordei naquele domingo de julho como se algo estivesse faltando, estivesse ausente. Não sei bem explicar a sensação, mas era como se uma parte bem grande de mim faltasse.
Claro que isso não começou de uma hora pra outra. Nada começa. Mas só aquele dia eu pude perceber de fato que algo não ia bem.
Tentei disfarçar o dia todo; pros outros, pra mim.
Dormi durante o dia, mas não adiantou. Quando acordei, estava pior.
Logo me bateu aquele desespero, comecei a sentir náusea, tontura, um medo inexplicável, de tudo, de todos, do futuro, do presente, e as lágrimas foram inevitáveis.
Ninguém sabia o que fazer comigo. Nem eu sabia o que fazer comigo.
Aquela semana que se seguiu, digo sem medo de errar, foi a pior da minha vida.
Nada, coisa nenhuma tinha sentido. Eu sentia que morreria a qualquer momento.
As mãos gelavam, eu tremia, sentia o peito apertar, os braços doíam, eu não conseguia comer e pensava que se eu dormisse, já era, eu não voltaria.
No domingo seguinte eu recebi uma notícia que fez meu chão cair de vez.
Uma amiga muito querida, muito jovem, bonita, cheia de planos pro futuro, que tinha uma preocupação imensa com o próximo e um coração lindo havia morrido num acidente de carro.
E eu, naquele desespero todo, não consegui sequer ir ao velório. E da mesma forma não consegui processar o luto.
Parece que isso ficou suspenso no ar. Ainda não consegui me perdoar por não ter ido.
Na outra semana fui ao médico. O diagnóstico foi o que já era esperado.
"Você desenvolveu algo que chamamos de síndrome do pânico ou transtorno do pânico", disse ele com aquela paciência toda.
Pelo menos me acalmei um pouco porque descobri que não estava totalmente maluca, como eu pensava.
Daí começou um tratamento com antidepressivos e psicoterapia.
De lá pra cá já ouvi todo tipo de coisa que você possa imaginar. Ouvi que isso é frescura, e que eu me excluo das pessoas e das coisas porque quero. Ouvi também que eu vou ter que tomar remédio pro resto da vida e que isso não tem cura.
Em quê eu acredito? Nada disso!
O que eu sei é que eu amadureci um bocado desse tempo pra cá e pude rever meus valores e perceber onde estava meu coração.
Nada, nada nessa vida acontece por acaso.
Percebi que nem todos são seus amigos como dizem, e que quando você precisa, alguns vão te virar as costas.
Aprendi que não adianta nada você ser cheia de certezas, querer ser dona da razão. Uma hora isso não vai servir pra nada.
Não adianta correr atrás do vento, buscar coisas sem sentido, sem essência.
E se tem alguém que você precisa se apegar com todas as forças, esse alguém é Deus.
Ele é o único que não vai te decepcionar nunca e não te troca por meia dúzia de cervejas.
Sei que todo dia é um dia de descobertas ou redescobertas.
Todo dia eu preciso me redescobrir, me lembrar de quem eu sou. Só assim pra não perder o rumo, o sentido.
É preciso abrir a caixa de lápis de cor e deixar o cinza ir embora.
A vida está aí, todinha pra ser vivida.
Tem coisas lindas pelo caminho, pessoas incríveis, amigos queridos, a melhor família do mundo!
Não vai ser esse pânico deselegante que vai me fazer parar.
*Desirée, nos reencontraremos um dia.
Claro que isso não começou de uma hora pra outra. Nada começa. Mas só aquele dia eu pude perceber de fato que algo não ia bem.
Tentei disfarçar o dia todo; pros outros, pra mim.
Dormi durante o dia, mas não adiantou. Quando acordei, estava pior.
Logo me bateu aquele desespero, comecei a sentir náusea, tontura, um medo inexplicável, de tudo, de todos, do futuro, do presente, e as lágrimas foram inevitáveis.
Ninguém sabia o que fazer comigo. Nem eu sabia o que fazer comigo.
Aquela semana que se seguiu, digo sem medo de errar, foi a pior da minha vida.
Nada, coisa nenhuma tinha sentido. Eu sentia que morreria a qualquer momento.
As mãos gelavam, eu tremia, sentia o peito apertar, os braços doíam, eu não conseguia comer e pensava que se eu dormisse, já era, eu não voltaria.
No domingo seguinte eu recebi uma notícia que fez meu chão cair de vez.
Uma amiga muito querida, muito jovem, bonita, cheia de planos pro futuro, que tinha uma preocupação imensa com o próximo e um coração lindo havia morrido num acidente de carro.
E eu, naquele desespero todo, não consegui sequer ir ao velório. E da mesma forma não consegui processar o luto.
Parece que isso ficou suspenso no ar. Ainda não consegui me perdoar por não ter ido.
Na outra semana fui ao médico. O diagnóstico foi o que já era esperado.
"Você desenvolveu algo que chamamos de síndrome do pânico ou transtorno do pânico", disse ele com aquela paciência toda.
Pelo menos me acalmei um pouco porque descobri que não estava totalmente maluca, como eu pensava.
Daí começou um tratamento com antidepressivos e psicoterapia.
De lá pra cá já ouvi todo tipo de coisa que você possa imaginar. Ouvi que isso é frescura, e que eu me excluo das pessoas e das coisas porque quero. Ouvi também que eu vou ter que tomar remédio pro resto da vida e que isso não tem cura.
Em quê eu acredito? Nada disso!
O que eu sei é que eu amadureci um bocado desse tempo pra cá e pude rever meus valores e perceber onde estava meu coração.
Nada, nada nessa vida acontece por acaso.
Percebi que nem todos são seus amigos como dizem, e que quando você precisa, alguns vão te virar as costas.
Aprendi que não adianta nada você ser cheia de certezas, querer ser dona da razão. Uma hora isso não vai servir pra nada.
Não adianta correr atrás do vento, buscar coisas sem sentido, sem essência.
E se tem alguém que você precisa se apegar com todas as forças, esse alguém é Deus.
Ele é o único que não vai te decepcionar nunca e não te troca por meia dúzia de cervejas.
Sei que todo dia é um dia de descobertas ou redescobertas.
Todo dia eu preciso me redescobrir, me lembrar de quem eu sou. Só assim pra não perder o rumo, o sentido.
É preciso abrir a caixa de lápis de cor e deixar o cinza ir embora.
A vida está aí, todinha pra ser vivida.
Tem coisas lindas pelo caminho, pessoas incríveis, amigos queridos, a melhor família do mundo!
Não vai ser esse pânico deselegante que vai me fazer parar.
*Desirée, nos reencontraremos um dia.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Pra não dizer que não falei das flores...
Dia internacional das mulheres, mês das mulheres...
Isso me trouxe à memória alguns dos vários de casos violência contra a mulher veículados na mídia nos últimos tempos. (Sem falar naqueles que não são.)
Mércia Nakashima, Elisa Samúdio, a menina de 12 anos que foi violentada no ônibus coletivo no Rio de Janeiro, as moças que sofreram um estupro coletivo e depois foram mortas em um churrasco no nordeste do país, a moça que não se rendeu às investidas do rapaz em uma festa de carnaval e foi morta com um tiro no rosto, a promotora que foi morta pelo marido porque queria dar um fim à relação, dentre outros que não vou me lembrar agora.
A pergunta é: Nós, mulheres, temos de fato o que comemorar? A sociedade como um todo tem o que comemorar?
Os machistas (aqui digo homens e mulheres) sempre encontrarão uma justificativa para a truculência. Dirão: "Mas a moça tava numa festa de carnaval e não queria ser beijada?", "Mas a outra lá era uma 'Maria chuteira'", "Mulher sai com roupa curta, fica provocando, tem homem que não aguenta mesmo", "Quem mandou irem pra um churrasco com um bando de homem?".
A sociedade sempre ensina que a culpada é a mulher. Ensina "não seja estuprada", ao invés de dizer, "não estupre".
Ontem ouvi uma frase de um homem aqui no trabalho, que disse com certo deboche: "Nós não precisamos de dia pra nós, todo dia é nosso!"
É, apesar de todo seu sarcasmo e idiotice ele não mentiu.
Nós mulheres somos obrigadas a ouvir todo tipo de cantadinha barata, de ofensa, de expressões chulas e se reagimos e nos opomos, somos agredidas física ou verbalmente.
Fico pensando até onde vai toda essa violência. Violência nas atitudes, nas palavras...
Não precisamos de rosas murchas na porta do banco em um dia só do ano, não precisamos de gifs cafonas entupindo a caixa de e-mail no dia 8 de março, não precisamos de frases de efeito.
O que precisamos é de respeito! Respeito ao nosso corpo, às nossas vontades, ao nosso direito de ir e vir, de usar a roupa que bem entendermos.
O que precisamos é de amor! Amor em qualquer situação, de graça, sem querer nada em troca, pelo simples fato de que é bom, porque merecemos.
O que precisamos é de doçura, afeto, sem que isso seja feito apenas com palavras vazias, ao vento...
Porque dizer que ama uma mulher é fácil, difícil é provar isso não sendo machista.
Com uma certa indignação e amor,
Isso me trouxe à memória alguns dos vários de casos violência contra a mulher veículados na mídia nos últimos tempos. (Sem falar naqueles que não são.)
Mércia Nakashima, Elisa Samúdio, a menina de 12 anos que foi violentada no ônibus coletivo no Rio de Janeiro, as moças que sofreram um estupro coletivo e depois foram mortas em um churrasco no nordeste do país, a moça que não se rendeu às investidas do rapaz em uma festa de carnaval e foi morta com um tiro no rosto, a promotora que foi morta pelo marido porque queria dar um fim à relação, dentre outros que não vou me lembrar agora.
A pergunta é: Nós, mulheres, temos de fato o que comemorar? A sociedade como um todo tem o que comemorar?
A sociedade sempre ensina que a culpada é a mulher. Ensina "não seja estuprada", ao invés de dizer, "não estupre".
Ontem ouvi uma frase de um homem aqui no trabalho, que disse com certo deboche: "Nós não precisamos de dia pra nós, todo dia é nosso!"
É, apesar de todo seu sarcasmo e idiotice ele não mentiu.
Nós mulheres somos obrigadas a ouvir todo tipo de cantadinha barata, de ofensa, de expressões chulas e se reagimos e nos opomos, somos agredidas física ou verbalmente.
Fico pensando até onde vai toda essa violência. Violência nas atitudes, nas palavras...
Não precisamos de rosas murchas na porta do banco em um dia só do ano, não precisamos de gifs cafonas entupindo a caixa de e-mail no dia 8 de março, não precisamos de frases de efeito.
O que precisamos é de respeito! Respeito ao nosso corpo, às nossas vontades, ao nosso direito de ir e vir, de usar a roupa que bem entendermos.
O que precisamos é de amor! Amor em qualquer situação, de graça, sem querer nada em troca, pelo simples fato de que é bom, porque merecemos.
O que precisamos é de doçura, afeto, sem que isso seja feito apenas com palavras vazias, ao vento...
Porque dizer que ama uma mulher é fácil, difícil é provar isso não sendo machista.
Com uma certa indignação e amor,
quarta-feira, 7 de março de 2012
O pontapé inicial
Depois de quase 3 anos, enfim, a primeira postagem no blog.
Que seja constante e que sirva de desabafo, de alegria, de inspiração...que seja doce.
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